Eu ajudei um sujeito Que tinha jeito de gente Dei a ele a minha terra E a minha melhor semente Quando chegou a colheita Ele virou uma serpente Saiu com o bolso cheio Batendo a língua na dente Sujeito da língua preta Sua língua não espanta E quando você morrer Ninguém chora, o povo canta Seu corpo vai num caixão Sua língua na jamanta Eu cantando eu desato O nó da minha garganta Eu sou igual a canela Sou madeira de valor Que perfuma o machado Que lhe vem trazer a dor Nosso Senhor Jesus Cristo Perdoou o traidor Foi até crucificado Pra salvar o pecador Sujeito da língua preta Sua língua não espanta E quando você morrer Ninguém chora, o povo canta Seu corpo vai num caixão Sua língua na jamanta Eu cantando eu desato O nó da minha garganta