Idiotizado assiste impassível sem questionar A um único lado, o cubo irresistível a dogmatizar Verdade efélide, única e singela que emana dos céus Vem via satélite como uma mazela propagando ao léu Foi Deus quem ordenou Da caixa de vidro De conteúdo anidro Um mundo de torpor! Foi Deus quem ordenou Da caixa de vidro De conteúdo anidro Um mundo de torpor! O filho obediente executa, à risca, o que diz a voz Sempre confidente – o olho nem pisca – a caixa atroz E é mesmo um vício, psico narcose, a falsa esperança Que traz desde o início, mata de overdose, deixando a mesma herança Dispositivo de dominação Interativo com a exploração Dispositivo de dominação Interativo com a exploração Foi Deus quem ordenou Da caixa de vidro De conteúdo anidro Um mundo de torpor! Foi Deus quem ordenou Da caixa de vidro De conteúdo anidro Um mundo de torpor!