Fabrício Luíz

Peleia Dos Botecos

Fabrício Luíz


Sábado demanhazita, não tinha nada a fazer,
Resolvi sair a procura de um trago pra beber
Comecei no barro branco, no boteco da figueira,
Também passei lá no “eger”, oigale-te porqueira.

Me despedi dos companheiros e desci mais um pouquinho
Pra não cansar o cavalo eu fui bem devagarzinho,
Lá em santa filomena quando a garganta secou
Resolvi dar uma parada no boteco do valmor.

Passei na séde do campo, no ruda e no charanga,
Pra descansar o cavalo, amarrei num pé de pitanga.
Fui no zézo, no tobias e na tereza passei
Ali quase fiquei rouco de tanto que eu cantei.

Na séde do aimoré eu tomei uma gelada
Pra não fazer desfeita com a rapaziada
Depois voltei na pitanga pra buscar o cavalo
De tanto que andei a pé a bota me fez um calo.

Lá na boa parada foi num tal de uga uga
Que encontrei um grande amigo e “recordemo” as madruga
Atravessei o asfalto e entrei no bar do manéca
Lá tomei uma purinha escutando discota.

Conheci o bar do aílton e também o edinei
Lá encontrei uns amigos e com eles eu cantei.
No fojóca o biscínia passei, mas tava fechado.
Fui parar lá no seu “mar” onde eu nunca tinha parado.

Passei no bar do zéca, na figueira e no orlando,
Precisei forrar o bucho, a fome tava apertando.
Fui no genésio, no carlos e no feda em fileira
Mas foi lá no zé borba que eu tomei a saideira

Comi um sonho de valsa, um prestígio e dois “choquito”
Para montar no cavalo, precisei ficar bonito
Recuperei a energia e me larguei estrada a fora
Pra chegar no campo grande antes de romper a aurora.