Sempre que se forra o tempo Bandeando chuva na imensidão O peão campeiro retalha o seu dia Fazendo aperos pra algum redomão Limpa o galpão faz a boia Aquenta a água para o chimarrão Debulha a dedo umas socas de milho Pra de noitinha dar a criação. A chuva desce pesado, deixando o pasto alagado Berrando triste e encharcado o gado faz seu ritual O risco de cheia é intenso e as horas de aflição Parecem até mais lenta que o normal. Eeea... Chuva bate sem parar E ao peão resta rezar Pelo bem da criação A natureza revela Toda força em seu poder E só ela vai dizer Quando para de chover.