Fabrícia Maira

Meu Teto É de Vidro

Fabrícia Maira


Eu não posso julgar alguém
Não posso não
Pois eu posso errar na minha
Condenação, eu não conheço a vida de ninguém
Por que o irmão agiu assim?

Não sei, não sei
Eu não conheço o seu passado, suas memórias
Não posso condenar
Era apenas para julgar ações, distinguir o certo do errado
E não julgar as pessoas e as vezes até deixar de amar
Se o meu teto é de vidro e o meu passado é sujo e condenável
Como poderei julgar quem é e quem não é?

Não julgueis pra que não sejais julgados
Agindo como juiz? Ah, quem é você?
Julgando o seu próximo se julga a si também
Em vez disto eu não serei um
Tropeço, um obstáculo no caminho do irmão

Mas ajudarei a levantar e estender a minha mão
Não quero julgar e nem condenar
Meu Deus me ajude a não tropeçar
Me ensine entender que eu sou igual
Posso fazer o bem assim como o mal

Não julgueis pra que não sejais julgados
Agindo como juiz? Ah, quem é você?
Julgando o seu próximo se julga a si também
Em vez disto eu não serei um
Tropeço, um obstáculo no caminho do irmão
Mas ajudarei a levantar e estender a minha mão

Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito
Inclusive o que está escondido
Seja bom, seja mau