Queria parar o tempo E os apartes não perceber Pra ser a eterna criança E eternizar um bem querer Nas varandas do teu mundo Que foi meu mundo de guri Meus primeiros sapateios Entre o tanto que aprendi Mas o tempo não deu vaza Teimoso fez despedida Restou meu soluço triste Em contraponto à tua partida Ao te ver de rosto triste Segurei a tua mão E no ocaso dos teus olhos Vi descanso, e emoção Vi silêncios despedida Vi chorar – além de mim – meu coração Reluto aceitar o tempo Negando crer na verdade De reviver teus afetos Somente em minha saudade De relembrar a tua bênção Teus caprichos no bordar O mate amargo das tardes E a luz do teu olhar Mas o tempo foi algoz Do afeto fez nostalgia Deixou o fogão sem fogo E tua cadeira vazia