Eu passo os dias vendo álbum de retratos Com a viola nos braços, eu e ela e a solidão Mas eu não era esse ser amargurado Quando tangia o gado na estradinha do Varjão A vida deixa de ser mãe pra ser madrasta Quando a gente se afasta do barro, do nosso chão Parece que vai esquecendo no caminho A cada passo um pedacinho do partido coração E eu vou chorando, todo dia, toda hora Dessa vez eu vou me embora, encontrar minha raiz Eu sou caipira, sou do mato, sou caipora E por Deus, Nossa Senhora, lá eu era mais feliz Eh! Adeus saudade Adeus saudade, tô voltando pro regato Como um bom bicho do mato, tô voltando pra ficar Onde é que estar o meu pomar carregadinho De goiaba e passarinho, onde eu ia cochilar A bença vó, a bença vô, juntos na mesa Recheada de riquezas que a terra sempre deu Bom dia vento, boa noite tempestade Que ao contrário da cidade traz fartura lá do céu E eu vou chorando, todo dia, toda hora Dessa vez eu vou me embora, encontrar minha raiz Eu sou caipira, sou do mato, sou caipora E por Deus, Nossa Senhora, lá eu era mais feliz E eu vou chorando, todo dia, toda hora Dessa vez eu vou me embora, encontrar minha raiz Eu sou caipira, sou do mato, sou caipora E por Deus, Nossa Senhora, lá eu era mais feliz E eu vou chorando, todo dia, toda hora Dessa vez eu vou me embora, encontrar minha raiz Eu sou caipira, sou do mato, sou caipora E por Deus, Nossa Senhora, lá eu era mais feliz