Antes que o pavio do Sol Se inflame no nascente Me levanto, bem contente Lavo a cara na gamela Ouço os galos tagarelas E no pé do camboatã Trina alegre um sabiá Na manhã que nasce bela Eu atiço o pai de fogo Que se acorda, de vereda Dando vida às labaredas Que passeiam sobre as brasas Nos avios eu já dou vaza E palmeando a cuia antiga Eu tenho, na seiva amarga O chimarrão que me apraza Sou da terra missioneira Eu sou gaúcho sulino Repontando o meu destino Na terrunha condição De amar este meu rincão Nesta gana prazenteira Honrando a lida campeira Campo mangueira e galpão No baio, pulmão de ferro Eu coloco a montaria Ele sente que neste dia No cumprimento da sina Vamos riscar as campinas Nas dobras destas coxilhas Neste matiz que rebrilha Colorindo minhas retinas Enforquilhado no pingo Levo a vida flor de buena Com coscôrra e nazarenas E o berro da criação Nesta linda orquestração Que é lenitivo pra mim Que hei de ter até meu fim No amor pelo meu chão