Tento porque sou Um demônio feito de volúpia E te encontrei sedenta E senti seu hálito Invocando meu nome Em sussurros mágicos Fizemos um pacto Minha pele com a sua Minha língua nos seus precipícios Pra te causar vertigens Violar castidades Corromper as virgens Que exercitam culpas E transpiram vontades Tento porque sou Seu demônio, leio na penumbra Os seus devaneios Vivo dos pecados Que inspiram seus sonhos Febris e molhados Fizemos um pacto Minha pele, suas unhas Minha língua: Jugo e suplício Pra te causar miragens Paisagens extremas Centenas, milhares De vultos vorazes Por tanta indecência Tento, tento, tento tanto Porque sou o demônio Do vislumbre de uma vida livre De dedos em riste De certos e errados De nomes manchados De Argos De estoicismo amargo Fizemos um pacto Sua pele, minha gula Suas curvas: Meu domicílio Pra te causar rastilhos Fagulhas, centelhas, fulgores Fusões nucleares Erupções solares