Jogue-me tua chuva Eu por ser feito de azulejos Gosto ainda de me sentir escorrer Seus pingos. Muitos deles atravessam a cerâmica Que rachada e com cantinhos de barro se fez E a terra então por sua vez Fica molhada Só há flores se houver chuvas Só há terra para em si chover É no concreto que se faz enchentes! É-se sorteado quando buracos escoam A água que no fim é, senão apenas, de beber Faz-se do fogo teu irmão Sinta a chuva como esperança E se em nuvens insiste fechar-se Glória terá se em teu mesmo houver Um pequeno céu Se a ti me faço um girassol de cor Tua chuva então será simples Há de me continuar amarelo E se por ti me encharcar Deixe-me ao amanhã Quando tua água já tiver sido minha Eu haverei de florescer!