Se eu soubesse que fosse morrer amanhã Eu juro que as 5 já tava de pé Te traria na cama uma rosa e um café Te cantava um samba do Adoniran (moro em Jaçanã) Se eu soubesse que fosse morrer amanhã Eu me lançaria no seu cafuné Aceitava a vida como ela é O sopro fugaz de uma força artesã E quando bater meio dia Faria um arroz com feijão Deixava a louça na pia E não atendia o patrão Chamava os amigos lá em casa Fazia um pagode na mão Botava uma carne na brasa Cachaça com mel e limão E quando a noite chegar Daria um beijo de adeus E morreria nos braços teus