Desde os tempos mais primórdios De Ethos, Pathos e Logos Mudam os jogadores mas não muda o jogo E quem tenta ensinar a verdade como um pedagogo É visto como culpado e chamado de demagogo Sucumbe ao fogo aquele que não se adaptar E se você não captar eles vão te decapitar É o capital na mão do crápula Que te aluga e suga o seu sangue mais que o Drácula E o fraco lá, fadado a viver chucro Pois descobriram que a miséria é matéria de lucro Aliás, tudo é lucro em nome da mais valia Até o ser humano perde a forma e se transforma em mercadoria Homem cruel, chacina, Palestina, Israel Torres Gêmeas ou Torre de Babel? Foi sempre assim, lembra de Cain e Abel? O homem é o lobo do homem, natureza Maquiavel Osama ou Barack? A queda da Dow Jones ou da Nasdaq? Gaddafi, Abedini ou Mubarak? A guerra do Kwait ou do Iraque? A venda de ópio pra China, ou Hiroshima Nagasaki? Cocaína e o crack, cigarro, álcool e conhaque E o ser humano nesse palco em destaque Na defesa e no ataque, sente o baque Mais um homem-bomba, tic tac É, o mundo nunca muda, a gente não se ajuda E chamam isso de evolução Enquanto o mal de modifica, amigo me explica Do que adianta ter razão? É, o mundo nunca muda, a gente não se ajuda E chamam isso de evolução Enquanto o mal de modifica, amigo me explica Do que adianta ter razão? Aprendemos a história nas paredes que pintamos Ouvindo, vendo e lendo lindas lendas que criamos Fizemos o fogo, a fala, a roda, a rede, a bala e os planos Inventamos mitos, ritos e rotas pelos oceanos Fomos Homero, fomos meros homens gregos e romanos Fomo nômades, fomos nomes de lugares que passamos Mohandas, Mohameds, judeus, muçulmanos Por castelos e pirâmides, soberbos soberanos Fomos a fome, fomos infames Tirados e tiranos Fomos hereges e heróis, profetas e profanos Fomos Colombo, fomos quilombo Fomos Zumbis e zombamos Fomos colonos em busca de bônus insanos Somos o ônus de anos Fomos patronos de tronos, julgamo-nos donos e causamos danos Somos a soma dos nossos enganos Fomos o que fomos, e ainda não mudamos (Somos tão pequenos, somos tão mundanos Nem mais e nem menos, os mesmos humanos Somos tão pequenos, somos tão mundanos Nem mais e nem menos, os mesmos humanos) É, o mundo nunca muda, a gente não se ajuda E chamam isso de evolução Enquanto o mal de modifica, amigo me explica Do que adianta ter razão? É, o mundo nunca muda, a gente não se ajuda E chamam isso de evolução Enquanto o mal de modifica, amigo me explica Do que adianta ter razão?