Num resto de estrada de pedra Dois pés descalços, um sentimento Seis dias de encalço, de espera No peito a angústia, um tormento Ao largo, o grande teatro sem cor O gigante dormente, calculista No cotidiano erupciona a dor Que escorre de um resto de vida O cheiro inebriante no ar Traz traços de outra existência O perfume é mesmo peculiar Eis que já sentida essa essência Enfim, tem um fim essa ânsia Um reencontro, ao sétimo dia Num abraço se encerra a distância Dois mil anos sem tua companhia