Tarde nunca no talvez Um verso inverte a direção Quebra a moeda E outra face te sorri Pra inventar tudo de novo Vela, porto, mar As descobertas vãs Vamos pintar a pele então E receber os santos que inexistem Nas nossas mãos fogo Chamam nossos olhos nus Já distantes do longe Que ficou pra trás Quem mandou que fosse assim Que eu não pudesse mais voar? Invento asa, avião, spaceship Que nada, esse azul foi feito pra sangrar Caminho sem fim, enfim a se mostrar Não vale nada um sonhador Que não galope o lombo de seu medo Eras passam lentas E o tempo pergunta Lembras do dia em que havia estrelas demais? Lembras do dia em que a lâmina cortou o ar? Lembras do dia em que a música não te deu paz?