Tom: Bb Aos poucos vão indo embora As coisas que eu mais gostava... Quando morreu meu cavalo Por certo Deus descansava. Am Era uma tarde de outubro F E Com silêncio de sol-por Um vento nas madressilvas Am Ventava anúncios de dor. No céu azul do potreiro F A corvada, em vôos rasos, E Trazia garras de morte Am Mas a gente nem fez caso. Quando a manhã veio cedo F Na recolhida pra encilha G7 Faltava um baio cebruno Am Na forma da minha tropilha. Um peão de olhos baixos F De freio e mango na mão E Me disse com dor na alma: Am - Morreu seu baio, patrão! F As crinas entre as macegas Cardavam teias de aranha Que a manhã, ainda agora, Am Tinha posto na campanha G7 E os olhos do meu cavalo C Que há pouco não viam nada... F Já tinham ganhado o céu E Pelas garras da corvada! Ficou um silêncio largo Talvez faltando um relincho... Só um choro pelo arame Pelo cantar dos pelinchos. Olhando o baio estendido Pensei, bem quieto, comigo... Isso não é coisa, parceiro Que se faça com um amigo! Am Coisa triste de se ver F Um amigo desse jeito... E Ontem mesmo lhe apertei Am A cincha no osso do peito! E hoje lhe vejo assim F Posto em partida, sem viço... E Se Deus bem sabe o que faz Am Não tava sabendo disso! Se vai embora o meu baio O pingo que eu mais gostava Quando morreu meu cavalo Por certo deus descansava!