Aves de plumagens negras Em funerais da invernada Repiqueteando agourentas O véu da morte estampada Na carcaça fica o rastro Do ritual de pulso e faca Quando a cheia engole o pasto Se resenha na ressaca Na imensidão dos varzedos Habitam campo e luar E um verso que acordou cedo Com ganas de chimarrear Três Marias afinadas Num tropel poliango e andús E o verde troca pisada No lombo de um tacuru Na imensidão dos varzedos Pingos de cachos quebrados Troteiam leves sem medos Por ser mui bem domados O vento forte tapeando A aba larga do chapéu Reponto o tempo assoviando Pras várzeas grandes do céu