A manha pedindo cancha Sobre a missa dum balcão Onde o padre é um bolicheiro E a canha que dá a benção Vão doutrinando os paysano Num batismo de fronteira Que vai fazendo um esparramo Na ideia de quem clareia Quem rezou a noite inteira Num altar tradicional Campiando o rumo das casa É pecador do ritual Ainda vai retumbando Na cabeça um bordoneio O sol cozinha sem pressa Quem vai firmando os arreio Nas rédias o santo rosário Que vem o corpo benzendo Pena que a borracheira traz As duas mãos tremendo Sorte um pingo da confiança Que ainda conhece o prumo, Pois quem segue pela estrada Multiplica o próprio rumo Mas de fato pouco importa O que fiz de madrugada Pois o fim foi na porteira Bem na hora da pegada Por cristão rogo assobiando Uma vaneira pro céu Pois na encilha achei minha alma Perdida neste mundel Na farra e golpeando trago Fiz render mais um domingo Pois galo da fronteira mete Até quase dormindo Eu sou crente desta igreja Onde a canha é quem batiza No culto manda quem pode Obedece quem precisa !