Foi teu olhar de moça enluarando a vidraça Foi tua graça enfinda em silhueta de flor Por quem banquei na rédea nessa noite de inverno Pra poder ter-me eterno pleno carinho e amor Foi teu afago manso e os teus lábios pequenos Tal qual gotas de serenos num campo de mel e prata Por quem banquei na rédea o meu destino estradeiro Pra entregar-me inteiro hoje nesta serenata Linda abre a janela e teu sorriso franco Sente o acalanto desta valsa calma Que no ponteio desse violão Vai meu coração e um naco da alma (bis) Deixa eu levar na garupa firme no tento do laço A emoção do abraço desse instante abençoado Pra eu não bancar na rédea em outro rosto qualquer Sabem tudo bem me quer de todos sonhos sonhados Assim te quero sempre minha linda enluarada Meu céu luz e morada até o infinito de nós Dizendo na mesma valsa que te amo e me resta Tua presença em seresta o alento da tua voz Prenda deixa a moldura do teu riso intenso E o apego imenso desta serenata Tomar-te a alma pra ofertar-lhe um beijo Clareando um desejo em teu olhar de prata