No grito de -" vamo embora!" A bota busca o estribo, O corpo fica mais leve E o indio muito mais vivo. E o ritual do peão de campo Este "gaucho" primitivo, Alma feitiu de forquilha Só pra explicar um motivo. No jeito de alçar a perna Já se conhece o vivente, Este é o gesto mais comum Na formação da minha gente, Quem amanhece aluado Ata a espora diferente, E a égua que corcoveia Sempre a cuscada pressente. O dia é muito pequeno Pra estes campeiros que falo E as horas pingos ligeiros Pra montaria dos galos Por isso, fiz estes versos Que alçar a perna é um regalo E só renasce pra lida Quem grita "-tô de à cavalo!"