O pampa é assim Um mundo velho sem fim O pampa é que nem cavalo Este fascínio é uma ideia de largueza De várzeas que não terminam É terra toda domada na sensação de domínio O pampa é das pradarias Verde e azul de campo e céu Corredor das ventanias desquinchando o santa-fé Dos pobres ranchos de barro Que, infelizmente, ainda existem nesta terra de Sepé É o pampa das abundâncias das tropas de gado gordo E fartas safras de espiga O arado penetra a terra, macho de ferro fecundo Matando a fome do mundo para que a vida prossiga Este é o pampa dos gaúchos, todo cheio de contrastes Riqueza em centros urbanos (Periferias à parte) Das mansões de veraneio até malocas de lata Ardendo no Sol da tarde Tanta luta, tanta obra, tanta falta, tanta sobra Tanta luta, tanta obra, tanta falta, tanta falta O pampa somos nós mesmos Todos nós, ricos ou pobres Os de a pé e os de a cavalo Os da vila e os da roça Os que amamos esta terra Porque sabemos que é nossa