Parte do sentido disso tudo Tá na fé de que o canto E a batida faz mover o submundo Bate grave gravidade treme bumbo Faz ouvir até o surdo No embalo absurdo Desse fluxo Sente a energia que conduz A mágica magia de sentir a sinergia que produz Acertar as rimas cada linha é uma cruz Carrego todas elas, pesa mais do que supus Ouvir todas elas, compreender, é como blues Sentimentos bons mais sentimentos ruins Pensamentos nus, raciocínios crus Paleta de cores para lá de céus azuis Vi nascer a obra na pupila de quem via Só quem assistia viu a aura do artista Mais que surreal, um quadro pós-surrealista Quanto mais fora do esquadro mais o sabor da conquista Música não é arte, coincidência, nem bandeira Música é uma Deusa Música não é arte, coincidência, nem bandeira Música é uma Deusa E quando é da boa você vai bate cabeça Fecha porta, da licença, Baden Powel deu a benção Pra lá de conceitos, a canção não é baderna Música é a força que te faz tremer a perna Emana da alma faz evocar linguagem Tu fala por ela ou ela por você fala Permeia o corpo na porcentagem da água Tudo tá contido no poder de uma palavra O Impacto e barulho fez dançar a matéria No súbito silêncio é que a coisa ficou seria Momento seguinte a verdade se revela Senta, vai ficar azul a tela Sempre te servindo quando você serve a ela Nasce em condomínio, mas é melhor na favela Sim, ela é a voz que tá falando na tua orelha Sela teu destino mesmo que não queira Sabe aquele momento, em que você acha que entendeu a música? Hahaha, hã? Na verdade, a música que entendeu você Música não é arte, coincidência, nem bandeira Música é uma Deusa Música não é arte, coincidência, nem bandeira Música é uma Deusa