Pegue uma nota, não importa o valor Olhe pra ela, esqueça tudo a sua volta Agora pensa nela Ela te pertence ou você pertence a ela? Um velho senhor falou Dinheiro representa tempo, porque papel não tem valor Nunca teve valor, sacou? Tempo é dinheiro, e dinheiro é tempo que você gastou Pra conseguir afeto, pra conseguir calor Pra conseguir um teto, pra conseguir amor Um papel com animais, irmãos Que graças a nos estão a beira da extinção Animais impressos vão No que a gente chama de dinheiro como prêmio de consolação Vivendo como um rato Ou você é feliz com pouco ou você nunca vai ser feliz de fato O fato é que vemos amor onde não existe Nos sentimos bem quando alguém desiste Nos sentimos bem impondo limites Não acredita, mano? Então acredite Limite as multidões Nos importamos mais com Netflix do que corações Humanos ações Cê vai pensar que eu falo de mais pra quem só quer visualizações Mas a boa, eu vou falar Quantas vezes tu olha pra uma pessoa no dia e pro celular? E pra chegar a você, não vejo norma Não precisa ser esperto pra perceber que a única forma E agora chama presente, e não é por acaso Esse é o presente do sarcasmo Esse é o grito do lamento Viva agora ou viva o arrependimento Eles não vivem o sonho, vivem a esmo Prejudicando o ciclo da vida, mas do que a si mesmo Viva a vida e não se esqueça Quantas vacina ou obra-prima pode ter na tua cabeça? Não vejo o bem mas vejo alguém Mais um refém das multidões Enxergue além, veja também A terra nos tem com nossas ações No mundo raso das razões Banalizando emoções E não é difícil de entender que tudo aqui vai perecer Em nossas mãos, sem a mudança Da vida e a morte da nossa esperança Eu vejo o corte na mão da criança Só o que somos uma horrível lembrança Que berra nos insulta, humanos são movidos a culpa Destrói a vida e não socorri Mas a terra é viva e ela devolve Respira, depois você corre Conspira, mata, sangra e morre Respira, depois você corre Conspira, mata, sangra e morre No mundo raso das razões, banalizando emoções Eles não vão parar (não vão!) Eles vão escutar (não!) Até o som tocar nos corações Eles não vão escutar (não vão!) Eles vão parar (não!) Até o som tocar nos corações No mundo raso das razões, banalizando emoções