Sou mais um preto de períferia Lançado nesse mundo imundo Sobrevivendo a cada dia Pra muitos é um absurdo Pois a quebrada onde eu vivo É marcada pela violência Linchamentos, assaltos Por aqui é com frequencia Dona Maria fecha as portas Que antes ficavam abertas Antigamente a violência existia Mais não ão intensa, como agora Humanidade rumo ao apocalipse Tamo acabando com a nossa própria raça, é triste! Foda que os manos não vê Não usam a consciência Pra ver que é isso que o inimigo quer Na nossa vida com frequencia Nós matamos, por mulher Nós matamos, por bebida É cada motivo que pensando bem Nem justifica Nós matamos, por raça Nós matamos, por dinheiro Pode crê que nesse mundo Isso acontece o dia inteiro Minha gente vitimada ao extremo Pelos algois Por isso eu rezo e peço a Deus Que eles parem de atirar em nós Imagina trutão Como seria um mundo melhor Ver nossos jovem bem longe Da maconha, da pedra e do pó Da violência que infelizmente Já é presença confirmada É tanta desgraça nesse mundão Que a gente aqui não se impressiona com nada Ce liga a TV Parece que temo bola de cristal Morreu mais um indivíduo O corpo achado no matagal É novidade não Sempre morre mais um fulano Acontece todo santo dia Que já tô me acostumando Infelizmente isso tá se tornando rotineiro Humanidade se afundando em rios de desespero Deus olha pra baixo E vê seus filhos se matando Creio que ele deve tá se perguntando, mano Até quando ? Enviou o seu único filho Morreu na cruz pra salva a gente Mais nossa gente hoje em dia Só sabe matar mais gente Tô nesse mundo seguindo em frente Bem longe das mente doente Consumidas pelo consumismo E que fazem tudo pra sair na frente