Querem acabar de vez com tudo que nos resta Vão botando abaixo toda uma floresta Descaradamente arrasando tudo E as águas da bacia tornam-se barrentas Entre os nativos há lutas sangrentas E meu povo fraco permanece mudo Eu sou mais um brasileiro gritando no escuro Não quero essa mata cercada de muro Preparando a terra pr’um novo Saara Mais uma usina elétrica, outra repreza É a ambição do homem com certeza Destruindo o verde que hoje é coisa rara Pintassilgo, quati, zabelê Caipora, saci pererê Eu queria ouvir o canto do uirapuru Mandar um cara desses tomar vergonha E deixar a mata virgem como Deus criou Eu queria ouvir o canto do uirapuru Mandar um cara desses tomar vergonha E deixar a mata virgem como Deus criou