É bom rever fotos antigas Quem não viu aquelas fotos antigas Das Liras de São Sebastião? Quem diria: Dessas esmaecidas Imagens emana a fração De um instante perdido no tempo Notas vibrando no espaço Pentagramas voando ao vento Dos trompetes não se ouve as notas As tubas não emitem seus baixos Com os dobrados ninguém mais se importa As partituras estão em pedaços Mas ninguém consegue calar A sonoridade que brota Das colcheias diluídas no ar É bom rever fotos antigas Nesse álbum de fotografias Jogado n’algum canto da sala Memórias, ilusões fugidias Extinguem-se e a banda se cala Mas o tempo não vai destruir A música que vive nas gentes E se renova a cada porvir É bom rever fotos antigas Quem sabe alguém também registrou Este momento e revelou Fotografias de um breve instante que se foi