Aconteça o que acontecer A rua da minha infância será sempre minha No mundo não há melodia Como a dos passarinhos daquela rua Que cesse todo ritmo Que pacifiquem o mundo Há um luar estremecido entre as nuvens Na terra, um ofendido guia o outro pela mão É grande a saudade ao reviver essa emoção Silêncio, estou ouvindo os passarinhos de minha rua Silêncio, escute os passarinhos de minha rua Me banho nesse mar pra que eu me anime Sentindo a natureza o homem se redime Moinhos que giram, águas que escorrem Ando perplexo com essas casas arruinadas Mas, restam os passarinhos de minha rua São eles meus deuses redentores Silêncio, silêncio