Quantas marés se passaram As canoas não cansaram Da eterna luta de arrancar a fruta Das coxas do mar Na varanda a rede branca Pelas tardes se balança No vão da saudade No vento que invade o seu olhar Antes da lua grande voltar essa flor vingará No pé da janela, menina me espera Nas primeiras chuvas Nas bonecas de milho, eu saio Nas novenas de maio No cheiro da flor No burburinho de cores do arco íris E quando o sol se for Refletido no corpo suado de amor