Foi nos beiços do ribeirão Fiz prece pra quem não sei não Joguei-lhe uma flor simplória e se foi na multi ondulação Olhei o seio que espunha com a fé cravejada de mágoa Pra quê doer assim meu senhor Que mão pesada que entalha O vento canta na concha do ouvido O trovão canta também O vento canta na concha do ouvido bem-te-vi bem-te-vi bem Morena da pele de argila e sol Menina do olhar fatigado Amoldada no meu colo adormeceu pro seu sonho enfeitar E a ladainha do tempo Calou quando ela nasceu Retrato da origem do belo que se esqueceu O vento canta na concha do ouvido O trovão canta também O vento canta na concha do ouvido bem-te-vi bem-te-vi bem