Em um certo momento de determinada situação Temos a certeza de que o pensar é um ato/fato radical Mas o radicalismo não seria uma desculpa esfarrapada? Usada pra acusar uma pessoa de estar fora da casa? E o que seria estar dentro da casa? Bei! Por ter ingerido o chá de cogumelo Nessa altura do campeonato a vizinha começava a ter epifanias intermináveis E é claro que ela só pensava nisso como loucura, simplesmente ignorando o fato De que tudo isso pudesse lhe dar um conhecimento extra gigantesco Comparado ao pouco conhecimento de pessoas Presas aos padrões de pensamento super limitado que a sociedade cultiva Ela esqueceu o que nunca soube Que a nossa curta visita por essas bandas não é um sofá E que o comodismo não bem visto por todos em um escala pequena É ainda mais prejudicial a todos em um escopo maior do que um crânio Uma cidade ou até mesmo um planeta Sua amiga folha de papel branco sabia de tudo E só fora visitar a tal vizinha por um motivo inexistente Dona folha de papel vivia no reino dos cadernos Que nunca são preenchidos por completo Uma cidadela próxima ao bosque das canetinhas coloridas Que por vezes sonham em uma possível E improvável interação com texturas brancas Se não fosse essa limitação vivenciada pelas canetas Quem sabe dona folha de papel pudesse ser mais cool Finalmente, tudo estava no tempo eterno Entre 23 horas, 59 minutos, 59 segundos E zero hora, zero minuto e zero segundo Por vezes o silêncio era absoluto, mas com pouca frequência Por vezes uma voz interior lhe dizia para ver e mudar o conceito de imensidão Com a possibilidade de escolher ficar nessa outra vez até amanhã Mas com pouca frequência Minha amiga folha, veja que sol bonito! Azul!