Outrora quando sua totalidade mental Se perdia entre alguns segundos de espasmos Oh! Minha querida amiga, folha de papel branco Eu tenho medo de enlouquecer para sempre! Dona folha por sua vez nada falava pois Boca nunca teve e mímica é em vão Não a faz compreender outra percepção Por volta da quinta hora arrotando as passas de um arroz à grega Perdia-se ainda mais a noção do tempo, objeto, interação Sons imaginários, ruídos vindos do céu Doze horas dormindo Flashes seguem surgindo Por incrível que pareça Ainda esses flashes E se por acaso eu não ignorasse tudo isso E então deixasse fluir mesmo que eu não tenha certeza Fluir mesmo, que eu não tenha certeza Precisando comer algo que não fosse uma bomba Estava certa de que um melão cairia bem Desde que não caísse de muito alto E o mais estranho é aquela sensação de melão, sem melão Que não menos do que esperado Foi útil só pra lembrar Da importância da imaginação