Sou eu O gesto que faz sorrir Sou eu, sou eu Comédia profana e sagrada Fui sátira em nobre ritual Um bobo nem tão bobo assim E vi na era medieval A corte a brindar por mim Renasci pelas ruas num ato de amor Papel de improviso a fazer gargalhar Tirando onda da nobreza Ri da tristeza pra vida recomeçar Caminhando contra o vento e a repressão Fiz de um traço arma pra revolução Driblei a censura, dei fim ao segredo Pra esperança vencer o medo Em inesquecíveis personagens No cinema, luz da inspiração Do rádio à tela da TV Pro mundo na palma da mão Sou o riso da criança O remédio para sua dor No sofá ou no banco da praça Em toda forma de expressar humor Notas musicais, mestres geniais Arte que vai resistir Bravo! É tempo de sorrir Deixa a tristeza pra lá, sou alegria Minha coruja a voar ao infinito A estrela que brilha mais forte no céu É o Grajaú pra conquistar o seu sorriso