Corpos em trajes comuns Tantos tempos ecoam Um mar sem cais, um deus sem reza E no final o que contam de nós? Corpos escassos de luz Vomitam restos de fome O amor sem paz, a dor sem a trégua E no final o que sobra de nós? Corpos pedindo perdão Tristeza morrendo de fome A chance sem "mas", a vida sem ela E no final o que fizemos de nós?