Vejo que a hora passa Ser humano vive de trapaça Além do que pode ver, sonhar e ter, perceber A vida não tem graça sem domínio Só pretensão para o próprio extermínio Um brinde, várias taças O inimigo te abraça O vinho vira sangue em várias praças A chuva lava o vermelho do asfalto Mas não lava junto a podridão de cada ato Enquanto a sirene gritar As taças vão para o ar E o espumante desce seco como areia Enquanto a sirene gritar As taças vão para o ar A vida é de palha e facilmente incendeia A vida não tem graça sem domínio Só pretensão para o próprio extermínio A chuva lava o vermelho do asfalto Mas não lava junto a podridão de cada ato Cada peça do tabuleiro que se vai é uma vítima As decisões difíceis são como a última Enquanto a sirene gritar As taças vão para o ar E o espumante desce seco como areia Enquanto a sirene gritar As taças vão para o ar A vida é de palha e facilmente incendeia