Saí na calada da noite, pra ver se matava minha solidão Eu estava muito triste, no peito doía o meu coração Andei pros becos e ruas, até que a Lua surgiu lá no céu Iluminando a estrada, até madrugada e desapareceu Iluminando a estrada, até madrugada e desapareceu Com o frio da madrugada, ali eu estava tão só sem destino Com os olhos rasos d’água, perdido no tempo em meu desatino Na escuridão o desgosto, sereno no rosto eu não resisti Numa parede, encostado, já muito cansado eu adormeci Numa parede, encostado, já muito cansado eu adormeci De manhã cedo quando eu acordei em uma calçada Percebi que sem você eu não sou nada Sou como uma ave que perdeu seu ninho Um grão de areia que o vento leva a qualquer lugar Igual o rio que corre e deságua no mar Pois em você meu bem me sinto tão sozinho