Sou um intruso no meu próprio quarto Pendurado num verso que sempre descarto Dessa vida eu já estou tão farto Sou as brasas dos incensos Que com o tempo elas caem pra cima Doces e travessuras, sempre estarão Debaixo da língua No fim do outono há um inverno Que aguarda o meu som interno Sou as brasas dos incensos Que com o tempo elas caem pra cima Doces e travessuras, sempre estarão Debaixo da língua