Erminio Sinni

Lacrime di cielo

Erminio Sinni


L'inverno era così vicino che si poteva vedere
Avvicinarsi come un vecchio che brontola piano
Tu camminavi rapita da chissà quale pensiero
Sembrava che avessi un fumetto scritto sopra di te

Era molto tempo che ormai io non ti vedevo
Sconfissi la mia timidezza avvicinandomi un pò
Forse pensai troppo forte "non sai quanto ti amo"
Oppure lo dissi perchè venisti verso di me

E scessero le stelle e lacrime di cielo
Ad addolcir le anime del mondo tutto intero
Fuori la nostra porta il tempo che si consumava uguale tra sirene e traffico

Noi rinchiusi lì a cuore vivo sul tappeto
A stringersi a regalarsi gemiti di vetro
Poi bruciammo incensi rari e polvere di cuore
Su un letto di candele accese che cominciò a volare

I vetri si appannavano di respiri e di odori
Santificando l'aria intorno e noi poveri mortali
Scesi laggiù tra onde calde e schiuma del tuo mare
E senza una reazione io mi lasciai affogare in te

E risalii i sentieri ripidi della tua pelle
Intinsi di saliva e baci la tua dolce valle
Poi caddi dai tuoi seni giù giù verso un precipizio e lì morii

E scesero le stelle e lacrime di cielo
Ad addolcir le anime del mondo tutto intero
Fuori la nostra casa il tempo che si consumava uguale tra sirene e traffico

Noi nascosti lì in mezzo a fuochi di vulcano
Il mondo era all'oscuro di ciò che vivevamo
Mangiammo su lenzuola ancora umide d'amore
La notte che pian piano disperdeva il suo colore

Io ti tenevo forte perché non ci credevo
Che un corpo così piccolo rachiudesse il mondo intero
E si incendiò la schiena di sangue le tue unghie
E straripò la piena sulle tue gambe lunghe

E risalii i sentieri ripidi della tua pelle
Intinsi di saliva e baci la tua dolce valle
Poi caddì dai tuoi seni giù giù verso un precipizio e lì morii

O inverno estava tão perto que se poderia vê-lo
Aproximando-se como um velho que resmunga baixinho.
Tu caminhavas tomada por algum tipo de pensamento.
Parecia que havia uma história em quadrinhos escrita acima de ti.

Havia muito tempo, agora, que eu não te via.
Superei minha timidez me aproximando um pouco.
Talvez eu tenha pensado muito forte "não sei quanto eu te amo",
Ou então eu disse porque você veio até mim.

E desceram as estrelas e lágrimas do céu
Para adoçar almas do mundo ao todo inteiro
Fora de nosso caminho ao mesmo tempo que eram consumidos entre sirene e tráfico.

Nos trancamos lá, corações vivos no tapete,
A reunião para tratar de gemidos de vidro.
Em seguida queimamos incenso e pó de corações
Em uma cama de velas acesas que começou a voar.

Os óculos embaçavam de respiração quente e de odores
Santificando o ar a nossa volta e a nós, pobres mortais
Eu fui até lá entre as ondas quentes e a espuma de teu mar
E sem reação alguma me deixei afogar em ti.

E escalei os caminhos íngremes de tua pele,
Enxarquei de saliva e beijei tua doce bacia,
Então despenquei de teus seios precipício abaixo e lá morri.

E desceram as estrelas e lágrimas do céu
Para adoçar almas do mundo ao todo inteiro
Fora de nosso caminho ao mesmo tempo que eram consumidos entre sirene e tráfico.

Nos escondemos lá em meio às chamas de um vulcão.
O mundo estava inconsciente do que nós vivíamos.
Comemos sobre as folhas ainda úmidas de amor,
A noite a dispersar lentamente sua cor.

Eu te segurei forte porque não acreditava
Que um corpo tão pequeno contivesse o mundo inteiro.
E se incendiou novamente com sangue tuas unhas
E transbordou por completo em suas grandes pernas.

E escalei os caminhos íngremes de tua pele,
Encharquei de saliva e beijei tua doce bacia,
Então despenquei de teus seios precipício abaixo e lá morri.