Rei morto os ratos desfilam funerais trajando bijouterias e cuecas remendadas retirados do tesouro, cujo sexo é alarme de vampiros. Rei morto ainda que amante, tudo o que restou foi o olhar da coruja ao nascer da lua. Rei morto, o anjo de pedra gargalha na lápide o quanto das mulheres o deixou e o dinheiro que se foi. Amar é o céu até no desterro, a mulher é-lhe tão sublime que na corrente lê a mão do carrasco. Amor por amor à fêmea livra o ladrão do olho da serpente, a mulher desnuda-se surgindo do azul no sexo o sussurro das almas voluptuosas avermelha a juba do leão, no amor, mulher, o leão é te fazer minha como a selvageria e a cobiça, tudo é real, o que atiça a vontade pelo corpo teu é o chamado da aura.