Quando se apaga o candeeiro enfim se rende Toda a saudade contida em quem retorna É o ninho de amor à noite morna A escuridão do rancho então se acende Nunca adormece em brilhos numa casa Onde o querer saudoso tem morada É qual um fogo morto junto à estrada Que ainda sob as cinzas restam brasas (Ao te apagar candeeiro faço planos Que às luzes do destino deem guarida Que iluminem sempre pela vida Os sonhos de nós dois aos vinte anos) Também tenho estrelas que lampejam Com ternura nos olhos da minha china E se fazem cadentes nas retinas Pelo calor dos lábios que lhe beijam Por ser luzeiro aceso sem a chama Nem mesmo a escuridão me torna cego E ao doce dos carinhos que me entrego Ao lume de candeeiro pra quem ama