Na tranquila correria da cidade Só se falava nisso havia mais de um mês Os jornais, os telegramas, o almanaque Cansaram de falar o que ele fez Disseram que um homem, descrente e muito sério Sem nem saber porquê, soltou um laço térreo Abriu as suas asas, olhou pro novo velho E decidiu voar Disseram que nunca viram coisa assim O que pensava ele pra querer voar? Os donos da rua tocando o seu flautim Indignados, só querem falar Vocês não sabem o porque aconteceu Faz tempo que observo os moradores dessas casas Ficou cansado: Sua mente faleceu Seu olhar esmaeceu Sua cor embranqueceu Se desprendeu! Nas casas agitadas da cidade Não se falava disso havia mais de um mês Os jornais, os telegramas, o almanaque Cessaram de falar o que ele fez Souberam que um homem, descrente e muito sério Que nem sabem porque, soltou um laço térreo Abriu as suas assas, olhou pro antigo velho E decidiu voar Os donos das ruas que tocavam seu flautim Agora dizem que foi para um bem maior O homem que voou, que cansou e desprendeu Agora vive, tranquilo, no seu breu