A chuva bate lá na cabeceira Desce o rio e a ribanceira E só vai parar no mar, no mar Leva, velho monge, vida afora O poeta canta as glórias E as histórias de um lugar Meu santo são gonçalo do amarante Este pregoeiro vem em preces te rogar Dá-me o que beber, dá-me o que pescar E resta, agora, navegar Dá-me o que beber, dá-me o que pescar E resta, agora, navegar Vem nadando ô ô, navegando O peixe voa, salta fora da canoa Vai lavando ó ó, enxaguando Na pedra grande, a lavadeira Ganha a vida e ensaboa Nesses versos vou dizer Toda fartura que do nosso parnaíba vem Rio acima tem, rio abaixo dá E resta, agora, navegar Rio acima tem, rio abaixo dá E resta, agora, navegar