E até aqui andei Com os próprios pés adiante E até aqui lutei Com as próprias mãos bem antes Até aqui sonhei E não foi nada fácil Espíritos opacos Alimentam se de fracassos Passos em círculos Em cáceres perdidos Agem na sombra No lodo, no fosco no breu Olhos oblíquos Fingiam ser abrigos Anjos fingidos Ofereciam ouvidos Corpos vazios de ternura Em plena nudez Entre abutres e chacais Nos restam a fé No mundo artificial Materialista Partidos politico religião Vão cruzando caminhos Descrente eu cada vez mais frio Já nem choro As vezes me recordo Os dias de penumbras Supostos amigos que as mãos Aqui eu apertei Dispostos a entregar você De bandeja pro rei As mascaras revelam Por trás das fantasias O muro formado pelas mentiras Bloquearam as vistas Melhor vinho servido O mais fino perfume O veneno contido no beijo O abismo te tragando pro fundo E a alma clama só Nariz no pó da dó Na garganta o nó tó Pé na areia movediça Quem se arisca isca fácil Quem confia em atalhos Pisa em labirinto Face a face com teu medo Erros dedos apontados Envergonhasse dos atos Acuado feito rato Praga bicho rastejante Draga droga lixo agravante Orgia drinks crime Grana inveja Convite? Vários! Amigos? Bem, nem tanto São ruas e ilusões Onde palavras pouco valem Cuidado com quem andas Dizia o proverbio