Aos pés do negro que viveu a lutar contra um inimigo forte Cruel e fatal realidade vivida a sombra do mau Jaz a senzala, símbolo de servidão No passado sim, no presente não Não negasse a escravidão, fruto de guerra entre o livre e o vilão Uma batalha pode durar um momento, uma vida Ou até mesmo séculos de tirania Mas toda guerra finda um dia São também frutos da guerra o vitorioso e o vencido Embora se tenha escondido, o negro foi o vencedor Prevaleceu sobre a dor e sem respeitar a casa grande E o barão tornou se liberto pisou na escravidão e se fez cidadão Justiça, direitos e liberdade O desorbitar das senzalas Soldados da humilhação, servidores da desumanização Foram obrigados no entanto a ver substituir o pranto pela libertação Valoroso venceu a guerra em terra estranha Provou que a cor não o diminuía e fez se ícone de valentia Soberania, sabedoria em sua terra mestiça Construiu um legado que só pode ser invejado, e por isso é tão discriminado Trouxe-nos civilização, acrescentou nos um punhado de emoção E com certeza é pedra fundamental na construção dessa nação Justiça, direitos e liberdade O desorbitar das senzalas