Passamos por tempos Em que o cético terá O senso incomum De abrir os seus braços e libertar O cardeal ferido Dentro de seu peito Não há outro jeito Se não sorrir Se o rancor produzisse saídas As feridas seriam tidas Como migalhas De quem passou por essa vida Eu lembro, do tempo De todos os defeitos Que me trouxeram aqui Que me fizeram ir além Do agora Hoje é o dia em que o cego Terá o senso incomum De abrir o seus olhos E enxergar O que é preciso ver além da nossa visão? Cada tropeço no caminho não se faz em vão Quando nos pedem para sermos mais Tudo o que nos constrói não ficará para trás Só se sabe de verdade ao duvidar Viver é o privilégio de poucos Não mais serei menos que isso Menos, não mais.