Ninguém sabe o que um sorriso esconde E nem há quanto tempo maquia sozinho É só a ponta do iceberg O problema é que navios são ensinados A desviar do caminho Assimilaram silêncio a leveza Cês já provaram da leveza de se expor? E quem falou que desabafo é sinal de fraqueza? Fraco é quem passou pela vida e nunca chorou Não é pra culpabilizar quem se sufoca Pois como um soldado ferido anda até o hospital? Consolar uns aos outros é ser ambulância É saber a importância de ser mortal (Na moral) Jesus não teria vindo Se sair da lama fosse um processo individual Mas ele veio, então Considere cada lágrima que escorre Um consolo em potencial Só uma fresta e conversar E tudo pode mudar Ninguém sabe, mas manifesta o teu amar Até o sol voltar (ooh) Precisamos ser mais compreensivos Ainda corre vida aqui Nossa alma não é eletrônica Me colocar no lugar do que eu não vivo Tipo aslam e digory na primeira crônica Ser um sansão emocionalmente falando é o crivo? Mas somos tão indefesos quando distantes da mônica Segurar é paliativo, e afeto é só um ato Se não exercitar a sílaba tônica Todo mundo me vê sorrindo todos os dias E eu escrevo tanto sobre o quanto eu já chorei Mas reconheço que já tornei noites frias Me perdoem por ter dito que ia orar, mas não orei Ninguém sabe. Ninguém te viu sozinho no seu quarto Orando em secreto, pedindo pra Deus te ouvir Botou um sorriso falso no rosto Mas queria desabar na primeira pessoa que encontrasse ali Tamo perdendo nossa humanidade Empatia não se ensina nas escolas Compaixão só é riqueza quando se é compartilhada E pra quem ta morto por dentro Um vai dar certo é esmola E a ditadura da felicidade te ensina a ser feliz Mas não ensina a ser sincero E no mundo em que avanço é ser apático Eu oro pra sermos a estaca zero Só uma fresta e conversar E tudo pode mudar Ninguém sabe, mas manifesta o teu amar Até o sol voltar (ooh)