Eu vim aqui prestar contas De poucos acertos De erros sem fim Eu tropecei tanto as tontas Que acabei chegando no fundo de mim O filme da vida não quer despedida E me indica: ache a saída E pede socorro onde a lua Que encanta o alto do morro Que gane que nem cachorro Correndo atrás do momento que foi vivido Venha de onde vier Ninguém lembra porque quer Eu beijo na boca de hoje As lágrimas de outra mulher Cinquenta anos são bodas de sangue Casei com a inconstância e o prazer Perdôo a todos, não peço desculpas Foi isso que eu quis viver Acolho o futuro de braços abertos Citando Cartola: - Eu fiz o que pude Aos cinquenta anos Insisto na juventude