Barracão Eu ainda vejo o mesmo barracão Mas o espírito não Faz pensa que não valeu Faz pensar que quem morreu Morreu em vão Fim das alegoria Pierrot, colombina e as fantasia O sorriso, toda alegria O confete, festa, e orgia, recolhe os bagulho Teu sonho viro entulho As lantejoula nem brilham tanto se não tem o barulho das Batucada O coração faz um mês de parada Os preto voltam a ser só os preto, no melhor estilo Homem na estrada É nóis, fita dominada, com essa eu não posso É só olha os trampo que recebe menos ainda é tudo Nosso Os gringo vem, tira mó lazer É nóis, divide a alegria com você, é nóis Na gozolândia é mó fácil dize que é nóis, meu Mas sozinho na quebrada, só tô eu Vendo a comunidade dar o sangue todo dia Pras modelete global ser rainha de bateria Quem tem dinheiro alcança sua fantasias Sem zelo, quem bordo ela fantasia em sair desse Pesadelo Barracão Eu ainda vejo o mesmo barracão Mas o espírito não Faz pensar que não valeu Faz pensar que quem morreu Morreu em vão Pois quem é fica e ajuda a ergue outro carnaval Mas quem não é antes da quarta tá dizendo tchau Tira a beleza natural que de longe vence qualquer Photoshop Põe paquita de silicone, mulher de ídolo pop Que só é atraente quando tá com a voz no mute Fala de comunidade mas só conhece as do Orkut A serpentina moca o bote da víbora assassina Geraldo Filme anos atrás previu essa sina Quem me ensina a real do que eu vejo na pista Não deixe o samba morrer, embora esses verme insista A elegância de um mestre sala vai ser mantida ao pisar No lixo das calçadas que cobre cada avenida Não tem hora melhor pra dar um basta, excluir esses Putos Antes que as porta-bandeira hasteia bandeira de luto Marchinhas serão fúnebres Desfiles em memória Se nóis não espirrar agora quem não respeita nossa História Barracão Eu ainda vejo o mesmo barracão Mas o espírito não Faz pensar que não valeu Faz pensar que quem morreu Morreu em vão