Vai, que a vista sangra Anda, anda, anda Que coração é cego Não espanta as semanas quando estanca E canta, canta, canta Que o amor morreu sem credo E só por desafeto Sem histórias pra contar. Amar, sangra a vista, vai... Canta, canta, canta Que sem amor não há credo Não há trégua, vive só E só desanda E anda,anda, anda Que cego coração como bolha de sabão Tem mil histórias pra contar. E quando o amor vai pelo avesso Pois tem diploma Pelo espelho, Pelo vidro das noites de insonia Pelo litro de cachaça Mais uma noite se passa E me engana. Mas com um tamborim O samba calado, vai Vai, sorrir sem fim No violão dedilhado A morena samba no pedaço Do compasso Que falta em mim. Com mais de um tamborim Calado o samba, vai Vai sem fingir no violão, Quando dedilhado Samba morena no pedaço Do compasso Que falta em mim.