Às vezes tudo é tão bonito Eu rio e não durmo Às vezes tudo é preocupante Eu deito e deixo tudo para amanhã Às vezes tudo nasce-me como uma flor Tão bela que dela desencoraja a dor E o instante do amor cobre-me de ideias mil Fazendo até coração soar sem til É tão maravilhoso esse instante Que lembro de rebento de Gilberto Gil Queria ser tanto assim sempre Mas o inconstante de repente Faz-me lembrar que a gente Constantemente sonha e realiza Tudo nessa hora dentro dessa métrica Tudo o que é demais passa tudo o que é de menos também E eu sou quem? Aquele da corda bamba que não tem pista, o da bicicleta O palhaço equilibrista