Havia um brilho de luzeiros em seus olhos E claras fontes cristalinas de água rasa Quando o encanto de seu olhar tomou pra si Um rumo andejo do estradeiro que passava Tão logo a tarde fez-se sombra nos capões Os seus desejos foram brasas fogoneiras Nesses confins de chircais e cerros mouros Onde a ternura passa longe das porteiras Ah esse andante que cruza os campos Queima fogueira no coração Os seus perigos Assustam menos Que a dor mais triste Da solidão Seus olhos meigos com ares de pomba rola Contemplam sós um infinito de silêncios Quando a distância ao vulto vago do andante Cortando atalhos fez sumir-se entre os cerros Foram cacimbas de carinhos Seus desejos saciando a sede sedutora das estradas Quem teve a fúria dos inquietos temporais Se mostra mansa, que nem brisa nas enseadas