Levanta, povo, começou o alvoroço! Sapucaí, se prepare para ferver! E lá vem ele! Se achegue, minha gente Com a nação Leopoldinense Hoje o couro vai comer Faca que corta, fura e ninguém segura Bala voando nas altura pra valer O pistoleiro, comandando o cangaço Vai cantando no compasso Ele faz estremecer! Xá, xaxado do lampião! Xá, xaxado do lampião! Bandoleiro arrasta a chinela pro lado Cachorro solta um miado e o gato late no sertão Xá, xaxado do lampião! Xá, xaxado do lampião! Bandoleiro levanta a poeira do chão Lamentando a sua dor, Cabra macho, sim sinhô! Tiroteado, foi falar com o excomungado Aperreado, estranhou sua reação O satanás, não querendo confusão Sabendo que o miseravi era o tal de lampião Negou ingresso e, sem a negociação Virgulino inflamado, passou fogo de montão E então morreu belzebu Morreu safadeza, a preguiça A luxúria e avareza E o bicho ruim mandou chamar lubisome Gritou por ritlê e aucapone Com a má-querência, o capitão montou no azulão Partiu pro céu em busca de acomodação São Pedro enxotou o cangaceiro sem noção Com ajuda de são Jorge, santo Antônio e são João Disseram: Vai baixar noutro lugar! Sai pra lá! Nem padim padi ciço conseguiu lhe segurar Sem piedade e sem guarida pro vilão Voltou pra terra e virou assombração De tocaia na carranca Tamborim ou violão Ou na sanfona de Luiz, rei do baião Em Vitalino, na cultura do país Na alma da Imperatriz